segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Apagar


Apagar não é fácil, usar uma borracha para apagar dentro de nós algo que outrora ocupou toda a nossa mente e coração... é uma tarefa demasiado complexa!
Os últimos tempos têm sido bons, a qualidade cresce de dia para dia, a cumplicidade multiplica-se em cada gesto e eu já me tinha esquecido o que era ser tratada como uma verdadeira mulher... mas ás vezes dou por mim a pensar em ti, assaltas-me os pensamentos com memórias que não consegui deixar lá atrás... Não gosto de ti, mas já amei a pessoa que inconscientemente escolhi ver em ti, existe cá dentro um misto de carinho, de pena, uma certa saudade do que tivemos de bom, ás vezes é a raiva que me rouba a paz e o sossego, ás vezes é o amor próprio que se encolhe perante os inegáveis factos de que fui usada a teu belo prazer... Fura-me o peito pensar que no meio de tanto e tão pouco, fui apenas mais uma...

Essa dor, ás vezes impede-me de andar para a frente, de seguir o meu caminho...

Foste o que foste, mas dentro de mim foste realmente enorme...

1 comentário:

  1. Atrevo-me a dizer aqui que o amor é como um balão: enche-nos de emoções e tantas vezes nos faz voar. A questão é, ou nos faz voar sempre e sempre mais alto até nunca mais querermos descer (e para tal o 'balão' tem de ser constantemente alimentado), ou o picam e puffff, lá vem o balão por ai abaixo e mesmo que o tentem encher de novo ja nao funcionará uma vez que está furado ! ou, ainda num outro caso, o balão deixa de ser alimentado e vai 'mirrando' mas se uma vez alimentado reenche!

    Atrevo-me, mais uma vez, a dizer o teu caso é o caso do 'furinho'!

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