quinta-feira, 16 de julho de 2009

Confusão interior

David Lynch & Isabella Rosselini

Eu bem sei que este blog roça o deprimente muitas vezes e que de Funny não tem nada, mas que posso eu fazer se tenho o coração ligado á boca e tudo o que escrevo vem do que sinto?
Pois é, tou assim a modos que enfadonha, sem grande assunto... já me passou a euforia da estadia em Lisboa, da ida ao Optimus alive, do meu fantástico biquíni novo... e estamos de volta ao "Porquê?"
Ele há rapazes e homens que se interessam que acham que por estarmos solteiras estamos desejosas de nos abotoar a alguém que nos diga que somos um máximo, mas nenhum me provoca sensações de levitar, nenhum me desfaz a armadura com o olhar, nenhum me deixa gágá, e diga-se que eu até sou menina para falar sem parar, para me rir e fazer rir á minha volta... e depois é ele que me vem a cabeça!
Porquê?? Porquê?? Porquê??
Entendam o meu género de desespero, eu não me lembro de me ter apaixonado tão livremente por alguém, não me lembro nunca de me ter atirado de cabeça sem medir prós e contras, e acreditem neste caso os contras sempre foram mais do que os prós... Não me lembro de ter visto alguém olhar para mim com tanta admiração, aquela admiração pura e simples do toque na face, do contemplar o verde dos meus olhos, do centra-se no meu rosto e na minha expressão em detrimento do céu estrelado e do reflexo da lua no mar... onde é que isto foi parar??
Haverá neste mundo levianismo a este ponto? Haverá no mundo carência que imita o sentir?
Serei eu louca? Terei cegado? Terei imaginado?
Tou confusa, tou perdida, tou de auto-estima estilhaçada, questiono a minha beleza, a minha inteligência, a minha maturidade, o meu saber estar, o meu saber ir... e depois tenho rasgos de me valorizar, de me sentir bem, de perceber que o problema nunca foi meu...
Perante o próprio tenho-me portado como uma mulher a sério, conversa social e ponto final.
Não sei se quando ele olha no fundo dos meus olhos eles não lhe dizem a verdade que eu quero esconder... quanto a ele, não faço a mínima do que vai naquele interior...
Eu queria te-lo feito feliz, eu queria ter sido leve e solta numa prisão comum...
Eu não sei bem o que é o amor, oiço falar nele mas vejo-o poucas vezes... eu tenho algum receio de admitir... o melhor será parar por aqui!

1 comentário:

  1. Confusões interiores...daquelas que tão depressa nos dão um nó na garganta como nos fazem ouvir passarinhos a cantar! ui, nada fácil de gerir, como te entendo...

    E a propósito, DMB...=') também gosto bastante, admiro imenso, arrepio-me com a voz, com os acordes, e também estive lá, no Passeio Marítimo de Algés, a sorrir que nem uma tonta o concerto todo!

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